SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O ato de projetar em arquitetura vai muito além das questões formais, plásticas e do programa de necessidades. A inserção do novo projeto ultrapassa as fronteiras dos limites do terreno, a preocupação com a sustentabilidade faz com que os arquitetos considerem a cidade e o futuro dela com o seguinte questionamento: como o meu projeto poderá contribuir para um planeta melhor?

Os condicionantes como topografia, localização, trajetória do sol e ventos dominantes são partidos para o conforto ambiental e qualidade de vida para os usuários. No entanto, além dos itens estudados nas disciplinas de conforto ambiental nas escolas de arquitetura, poderíamos acrescentar como diretrizes no processo de desenvolvimento da forma arquitetônica a eficiência energética para uma diminuição do uso da energia elétrica e a qualidade da iluminação natural. Uma vez que, a etiqueta PROCEL será obrigatória para todos os projetos a partir de 2021. 

O projeto deve ser pensado do início ao fim, em todo o seu ciclo de vida, desde a valorização dos fornecedores locais nas escolhas de materiais com a priorização de materiais com menores impactos ambientais. Além disso, os as plantas arquitetônicas podem ser flexíveis, na adaptação e nos usos das atividades desenvolvidas nos espaços, e podem também, ser uma edificação planejada para a sua desmontagem ou demolição. Daqui 50 anos, o fim de vida dos edifícios como considerado na NBR 15.575, as janelas, portas, paredes moduladas, madeiramento de telhados, estruturas metálicas podem fazer parte de novos projetos, conseguidos através de banco de materiais. Dessa forma, a edificação, no seu processo de projeto, passa a ter incorporado um conceito formal de economia circular. Esta alteração e configuração de projeto é evoluída (alterada) à medida que as análises ambientais são consideradas no modelo Building Information Modeling (BIM) com a união da Análise do Ciclo de vida (ACV).